A prematuridade é considerada um sério problema de saúde, os recém-nascidos (RN), em UTI neonatal são os únicos que possuem a necessidade de alcançar a estabilidade clínica e a maturação fisiológica. Diante desse contexto, o tratamento manipulador osteopático (TMO) é fundamental nos primeiros dias de vida, necessitando de uma atenção primária para prevenção de diversos aspectos relacionados ao desenvolvimento normal do bebê.
O osteopata assume um papel significante dentro da neonatologia e no ambiente de UTI neonatal, resultando em efeitos significativos na correção e minimizando disfunções somáticas com um papel importante na avaliação precoce.
Um dos principais focos das políticas globais e do sistema de saúde é atenção neonatal e da atenção prestada a gestante para reduzir a mortalidade materna e infantil, o tempo de permanência dos Recém-Nascidos (RN) nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está ligado diretamente a idade gestacional e o peso ao nascer (CERRITELLI, F. et al., 2013).
Os RN são os únicos que possuem a necessidade de alcançar a estabilidade clínica e a maturidade fisiológica, pois não possuem uma maturação completa de diversos sistemas orgânicos, incluindo controle da temperatura, cessação da apneia e bradicardia e adequado comportamento de alimentação (PIZZOLORUSSO, G. et al., 2011).
Os mesmos possuem níveis mais altos de substâncias circulantes pró-inflamatórias, imaturidade do sistema nervoso autônomo, índices mais elevados de biomarcadores e influência de fatores ambientais dentro da UTI repercutindo-se no desenvolvimento do sistema nervoso central e na maturação do padrão sono e vigília (SEKI, T. et al.,2009).
Músculos, articulações, fáscias e estruturas linfáticas, vasculares e neurais (AOA, 2018). Cerritelli, et al., (2013), observou que nos primeiros dias de vida de um bebê o tratamento manipulativo osteopático é fundamental em diversos aspectos. O profissional realiza uma grande variedade de técnicas manuais terapêuticas, algumas com objetivo de ganhar amplitude de movimento, melhorar a função fisiológica e apoiar a função normal que foi alterada pelo distúrbio somático.
Encontram-se evidências científicas de que a abordagem osteopática pode reduzir a ocorrência de complicações gestacionais, diminuir significativamente o número de dias de internação de prematuros e disfunções gastrointestinais, produzir modificações clínicas positivas na intensidade da dor e incapacidade funcional em mulheres com dores lombar/pélvica no pós parto, reduzir distúrbios e sintomas do trato urinário nas mulheres, bem como contribuir na melhoria das assimetrias cranianas em RN (FERREIRA, 2018).
Na UTI as técnicas em prematuros são mais restritas, atuando com mais ênfase no tratamento devido a influência nas demais funções do corpo, assim prevenindo as tensões do nervo vago, refluxos, problemas de sono, irritabilidade, plagiocefalia e reduzindo o tempo de estadia nas unidades de terapia intensiva.
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REFERENCIAS