A hoje chamada terapia manual passou a ser na atualidade um importante componente na intervenção de doenças ortopédicas e neurológicas, sendo considerada uma área de especialização da fisioterapia. Continuando sobre os conceitos da terapia manual, vamos aprofundar um pouco mais sobre outros modos de se entender e como realizar a terapia manual.
A quiropraxia tem origem nos tempos antigos, quando hebreus, gregos, chineses e outros povos já utilizavam técnicas manuais terapêuticas, mas sem comprovação dos métodos. Nessa época, a aplicação era baseada apenas na experiência própria, adquirida e empregada por grandes curandeiros. Entender sua evolução e como aplicar a quiropraxia hoje é algo que iremos desmembrar um pouco mais nesse texto.
A quiropraxia moderna teve início em 1895, quando foi estabelecida por Daniel David Palmer, nos Estados Unidos. Em seus primórdios, a profissão era independente de cursos de graduação e bastante almejada nesse país. O desenvolvimento da quiropraxia com o passar dos anos promoveu sua difusão entre os demais países do mundo e proporcionou benefícios para a saúde de trabalhadores, militares e da população comum. Ela passou, então, a ser conhecida como a técnica que promove alívio imediato nas estruturas articulares, principalmente na coluna vertebral.
A quiropraxia trata dos distúrbios e das doenças musculoesqueléticas, bem como das suas relações com os sistemas nervoso e circulatório. Sendo assim, sua aplicação pode promover melhoras significativas no equilíbrio entre as funções corporais, oferecendo mais saúde ao paciente.
Para a realização da terapia, o fisioterapeuta emprega as suas mãos e o seu posicionamento em relação ao paciente, por meio desses usos, são geradas alavancas com movimentos rápidos e controlados no sentido da amplitude articular (MANGA et al., 1993).
Os distúrbios musculoesqueléticos normalmente estão relacionados com redução de mobilidade articular normal, causada por alguma patologia, repouso ou desuso do dia a dia.
OS ESTRALOS E ESTALOS!
Os movimentos, algumas vezes, produzem estalidos, que podem ser explicados por suas condições fisiológicas: eles são a manifestação de uma onda sonora que se deve à cavitação articular durante o processo de manipulação. Essa característica é explicada pela fisiologia da articulação sinovial, a qual, quando submetida à tração, provoca uma redução da pressão intra-articular.
As propriedades dos líquidos articulares não permitem sua expansão, o que causa uma invaginação do tecido capsular. Há, então, a formação de bolhas de gás carbônico e uma consequente ruptura das forças de coaptação articular. No momento do movimento, o vácuo é rapidamente tracionado, produzindo, assim, o som da descompressão (BRODEUR, 1995).
Após a aplicação das técnicas, a sensação é de descompressão, o que causa alívio da dor ou desconforto, sendo esse gerado pelo estresse das estruturas. Embora o estalido nem sempre seja produzido, o resultado, na maioria das vezes, é eficiente. Para se atingir esse fim, são realizados testes cinético-funcionais antes e após a aplicação das técnicas, os quais servem como parâmetros de avaliação para o fisioterapeuta.
REGULAMENTAÇÃO
A regulamentação habilita o profissional fisioterapeuta especialista em quiropraxia a atuar na promoção, prevenção e proteção da saúde e nos tratamentos relativos a distúrbios e disfunções que envolvam o sistema articular, nervoso e musculoesquelético. Sua função principal é a correção dessas alterações.
Para o exercício da prática, o profissional deve dominar grandes áreas do conhecimento, como consulta, anamnese, avaliação física e cinesiofuncional, uso de escalas, questionários, aplicação dos testes quiropráticos, prescrição de tratamento, ajustamento articular, prevenção de agravos, prescrição de órteses e próteses e prescrição de alta, laudos, relatórios e atestados fisioterapêuticos.
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Referências
Vasconcelos, Gabriela Souza de Recursos terapêuticos manuais [recurso eletrônico] / Gabriela Souza de Vasconcelos, Noura Reda Mansour e Lucimara Ferreira Magalhães ; revisão técnica: Diego Santos Fagundes. – Porto Alegre : SAGAH, 2021.