A postura é controlada pelo sistema visual, somatossensorial e vestibular, que são integrados pelo sistema nervoso central. O objetivo do controle postural é manter a posição do corpo estável e de maneira orientada.
Disfunção vestibular periférica envolve os órgãos terminais vestibulares e/ou os nervos vestibulares. O sintoma característico é a tontura rotatória ou a vertigem. Outros sinais e sintomas seriam a perda de audição ou zumbido, presença de nistagmo, náuseas, vômitos, sudorese, palidez e desequilíbrio postural.
O sistema vestibular, como um sensor da gravidade, é uma das ferramentas mais importantes do sistema nervoso no controle da postura. Ele possui funções sensoriais e motoras. Na sua função sensorial, o sistema vestibular fornece ao Sistema Nervoso Central (SNC) informações sobre a posição e o movimento da cabeça e a direção da gravidade.
Na sua função motora, o SNC utiliza as vias motoras descendentes, que recebem informações vestibulares e de outros tipos, para controlar as posições estáticas da cabeça e do corpo e também para coordenar os movimentos posturais.
Estudos têm também mostrado que pessoas com disfunção vestibular andam mais devagar com a base de suporte alargada, viram em bloco, e são receosos em relação a movimentos repentinos.
Além disso, habilidades na posição de equilíbrio têm sido mostradas estar prejudicadas e a velocidade da marcha reduzida em pacientes com disfunção vestibular.
A osteopatia surge como uma possível técnica, realizada pelo fisioterapeuta, capaz de agir no crânio e no tecido conjuntivo, de interferir diretamente sobre o osso temporal e sobre o tecido fascial ligado à orelha, sendo possível que estas possam influenciar a função auditiva.
A reabilitação vestibular tem se tornado extremamente útil em pacientes com vertigem, desequilíbrio e instabilidade na marcha. Em vários estudos, são evidenciados a eficácia da fisioterapia vestibular em pacientes com desordens vestibulares periféricas e com disfunção vestibular central.
A reabilitação vestibular facilita adaptação para substituir ou alterar a função vestibular; melhora a estabilidade da marcha (incluindo controle cinético em resposta a perturbações mal antecipadas); melhora dos sintomas desencadeantes pelo movimento; corrige dependências exageradas (seleção sensorial inapropriada) do sistema visual e somatossensorial; facilita o retorno normal das atividades de vida diária e, melhora ou restaura a condição neuromuscular.
É comum encontrar na região cervical queixas de dor aguda ou crônica, restrição de ADM, lesões osteopáticas, trigger points, ativos ou não, disfunções discais e compressões nervosas, que podem acompanhar o mau funcionamento dos proprioceptores.
A restrição da mobilidade cervical também pode prejudicar o controle postural em pacientes e em sujeitos saudáveis por afetar o posicionamento do aparelho vestibular e perturbar o mecanismo regulador do movimento dos olhos.
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REFERÊNCIAS
Gisela Soares de Souza; Diliam Faria Gonçalves; Carlos Marcelo Pastre. Propriocepção cervical e equilíbrio: uma revisão. fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.19, n.4, p. 33-40, out./dez., 2006