Um guia sobre o que devemos entender
A osteopatia é um sistema de cura ainda não muito bem compreendida e cabe aqui explicar seu significado. Um objetivo básico para um OSTEOPATA, esta em descobrir e corrigir aquilo que esta estruturalmente incorreto e, assim, sempre que possível, recuperar a função normal, ou seja no que diz respeito a recuperar a saúde, ele deve saber como a manipulação da estrutura do corpo pode ser capaz de ajudar.
Existem muitos métodos e técnicas – algumas sutis e outras vigorosas – para atingir tal objetivo e a crescente em manipulação craniana, pediátrica abrem novas perspectivas para a osteopatia moderna.
O que é?
Você já deve ter sentido alguma dor nas costas, no pescoço, no joelho ou alguma outra parte do corpo, ou até mesmo um problema de saúde mais sério como asma, enxaqueca, distúrbios digestivos, e não pensou em um osteopata para ajudá-lo. Provavelmente você pode não perceber, mas, esses agravos mencionados assim como outros, podem ser de origem de uma desordem mecânica do corpo.
A ideia da osteopatia ajudando em condições não dolorosas óbvias, pode ser estranha a primeira vista, mas, partindo do seus princípios de cuidados com a saúde que reconhece a autocura, a habilidade de autorregular o corpo e as condições estruturais são importantes para ampliar o entendimento sobre a Osteopatia.
Não tem como separar as práticas osteopáticas da sua teoria original, um sistema autentico e efetivo que busca minar as causas de uma doença e fortalecer o poder curativo básico que existe dentro do próprio corpo, filosofia que vem do criador osteopata Andrew Taylor Still.
Difere-se da quiropraxia em relação à sua filosofia e sua aplicabilidade, se assemelham bastante, mas a diferença entre Osteopatia e Quiropraxia está nos detalhes, desde a forma como ocorre o diagnóstico até a maneira com que os profissionais realizam os ajustes, de modo que o osteopata aborda outras disfunções corporais profundamente, como a parte visceral, nervosa ou vascular, sem que a coluna seja o grande motivo das dores, como na quiropraxia, você pode conferir um pouco mais em https://bit.ly/3hDBCCD
Andrew Taylor Still
Andrew Taylor Still nasceu em 1828, na cidade de Jonesburgh, Virgínia, cresceu em um lar simples e típico do interior. Cresceu, passando por várias regiões e observando as ações do seu pai como missionário e aos 18 anos casou-se, apoiava a causa antiescravagista. Em pouco tempo ficou viúvo, deixando-o com três filhos pequenos.
Teve treinamento médico junto com seu pai e outros médicos, pois antigamente não havia muitas escolas de medicina nos EUA, e o hábito era o treinamento com instrutores. Antes da guerra civil, frequentou o “College of Physicians and Surgeons”, alistando-se no exército antes de se graduar e chegou a servir na guerra como cirurgião e promovido a major, durante a guerra.
Após a guerra a pesquisa da natureza de saúde -doença, e percebeu que o corpo humano em detalhes, sua estrutura e o relacionamento entre estrutura e função, a compreensão desses fatores se pode atingir uma compreensão das disfunções do corpo, isto é a doença.
Em 1864 uma epidemia atingiu sua região de forma que muitas pessoas morreram, inclusive seus três filhos, o que fez se sentir impotente frente a doença e sua insatisfação com os métodos empíricos do tratamento médico. Buscava uma filosofia que pudesse basear sua pratica e que não se modificasse com a cada nova tendencia de doutrina ou experiencia, tendo uma boa base cientifica.
Após mais um tempo de pesquisa enunciou os três princípios fundamentais para sua prática:
Correlacionando então uma prática manipulativa com outros métodos, descobriu que o uso de métodos manipulativos tornava desnecessários os medicamentos em sua experiencia clínica. Ela teoria se desenvolveu por meio do conhecimento da anatomia humana, fisiologia e química e acima de tudo, do inter-relacionamento vital entre a estrutura do corpo e sua função.
Começou a difundir suas descobertas e hoje nos EUA existem doze escolas osteopáticas, que incluem o treinamento médico ortodoxo completo, bem como as teorias e métodos osteopáticos especializados – sim, nos EUA a osteopatia é especialidade médica, quanto ao Brasil um direito dos FISIOTERAPEUTAS.
Atualmente
Bem, a osteopatia cresceu e se aprimorou cada vez mais em sua metodologia, técnicas e hoje se torna eficiente no processo de avaliação, diagnóstico e tratamento, analisando toda a cadeia corporal - buscando compreender a cadeia lesional da estrutura a ser tratada – e como uma especialidade da fisioterapia, esta ampliando a atuação do fisioterapeuta em relação a sua formação acadêmica.
Parâmetros da Osteopatia
O exercício profissional do Fisioterapeuta Osteopático é condicionado ao conhecimento e domínio das seguintes áreas e disciplinas, entre outras:
I) Anatomia geral dos órgãos e sistemas e em especial do sistema músculo esquelético;
II) Biomecânica;
III) Fisiologia geral;
IV) Fisiopatologia das doenças musculoesqueléticas;
V) Semiologia;
VI) Farmacologia aplicada;
VII) Próteses, órteses e Tecnologia Assistiva; sim o osteopata pode prescrever e confeccionar órteses, próteses e tecnologia assistiva;
VIII) Técnicas de Trust de baixa amplitude e alta velocidade para todas as articulações corporais;
IX) Técnicas de energia muscular em suas diversas variações para todos os músculos do corpo;
X) Técnicas de pompagem fascial;
XI) Técnicas de Jones (Técnicas de liberação pelo posicionamento);
XII) Técnicas de mobilização articular;
XIII) Técnica de inibição muscular;
XIV) Técnicas funcionais;
XV) Técnicas neuromusculares;
XVI) Técnicas de regulação do sistema nervoso autônomo;
XVII) Técnicas viscerais (coração, pulmão, rins, estômago, fígado, baço, pâncreas, hemodinâmicas, útero, ovário, próstata, intestinos);
XVIII) Técnicas cranianas (suturais, membranosas, bombeamento de líquido, entre outras);
Em resumo, identificar alterações da mobilidade visceral, de tensões das fáscias cranianas e das cavidades internas do corpo humano; e aplicar ajustamentos articulares, recursos manipulativos, recursos proprioceptivos, adaptações funcionais, técnicas de normatização funcional visceral, técnicas de manipulação craniana, reeducação postural entre outras;
Por isso, o Instituto Fisio vem buscando a cada ano trazer a formação em Osteopatia como aliada à formação dos alunos de graduação e pós-graduação, e você pode fazer sua inscrição em https://bit.ly/3By21uw
REFERENCIA
Chaitow, Leon. Osteopatia – Manipulação e estrutura do corpo. Summus Editorial. São Paulo – SP, 2ª edição.
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONA. RESOLUÇÃO n°. 398/2011 – Disciplina a Especialidade Profissional Osteopatia e dá outras providências