A cintura pélvica é responsável pela transferência eficaz de carga dos membros inferiores para a parte superior do corpo.
As articulações sacroilíacas (ASI) não são articulações de apoio. São articulações de sustentação ligamentar. Que reduzem a força de impacto ao solo, absorvendo as energias inércias entre o tronco e a pelve. O sacro é suspenso entre os ilíacos por um sistema ligamentar, certamente o mais potente de nossa anatomia, é ele que recebe a força da gravidade.
Existem movimentos iliossacros de um ilíaco em relação ao sacro (movimentos de rotação anterior e posterior do ilíaco) e movimentos sacroilíacos do sacro entre os dois ilíacos (flexão, extensão e torções do sacro).
Os movimentos da ASI são criados pelos músculos que flexionam, estendem ou giram a coluna vertebral, movendo o sacro. Músculos que flexionam, estendem, abduzem, aduzem, supina e prona a coxa, movendo o ilíaco. E os músculos que inclinam a pelve anteriormente, movendo o sacro posteriormente, e inclinam lateralmente para a direita e para a esquerda, movendo o ilíaco.
A disfunção sacroilíaca (DCI) caracteriza anormalidades biomecânicas do posicionamento anatômico em uma ou ambas as articulações sacroilíacas (ASI), como por exemplo, hipomobilidade, fixação, subluxação ou mau alinhamento. A dor sobre a região é, frequentemente, de origem mecânica sendo a causa mais comum à alteração da mobilidade articular.
A correlação entre as disfunções sacrais e a dor pélvica pode ser explicada a partir da afirmação de que o sacro é considerado osso chave em disfunções de vísceras localizadas na pelve menor, como útero, próstata, bexiga e reto por sua relação fascial, quanto neurológica.
A pelve apesar de ser uma estrutura estática, apresenta movimentos de pequenas amplitudes entre os ilíacos e entre o sacro. Quando esses micromovimentos estão ausentes, os movimentos voluntários normais podem ficar limitados e doloridos, ocasionando uma disfunção articular ou lesão. Podendo resultar em espasmo ou hipertonia e, consequentemente, fraqueza da musculatura envolvida.
Estima-se que 90% das mulheres com IUE (Incontinência urinária de esforço) sugerem existência de disfunções osteopáticas pélvicas, mas frequente as disfunções de ilíaco em abertura e anterioridade. Esta restrição pode ser dolorosa devido à tensão imposta aos ligamentos, o que ativa os mecanorreceptores, desencadeando a dor. O espasmo muscular ou aderências pode caracterizar a hipomobilidade, por ocorrer na fixação articular, sendo detectada por teste de mobilidade comparativa.
Geralmente há contratura e tensão da musculatura paravertebral do mesmo lado da lesão e sensibilidade local para os ligamentos Sacroilíacos posteriores e às vezes sensibilidade na sínfise púbica. Poderá haver comprometimento da mobilidade no sentido de hipermobilidade ou hipomobilidade.
As disfunções pélvicas são causadas pelo desequilíbrio entre as forças para cima e oblíqua dos músculos abdominais, e para baixo e lateral dos adutores sobre o púbis. Recomendam para o tratamento desta afecção a utilização de técnicas de mobilização e manipulação da região pélvica, articulação sacroilíacas e/ou quadris, além de alongamento manual dos músculos da região lombar e pélvica.
O tratamento osteopático é um recurso dentro da fisioterapia capaz de ocasionar benefícios no domínio físico; recuperação de mobilidade; corrige assimetrias; diminuição de quadro álgico e aumento da força muscular.
Entender a anatomia da estrutura é essencial para compreender as patologias e sua forma de intervenção. O INSTITUTO FISIO quer promover o que há de melhor para você! SEJA PARTE!