A pelve tem influência sobre os pés, assim como os pés influenciam a pelve. As alterações posturais ascendentes podem ser causadas por disfunções nos pés, como também por lesões na pelve, principalmente na articulação sacroilíaca, podendo ocasionar alterações de distribuição de pressão plantar e do equilíbrio corporal.
Cecchini complementa, alegando que toda a alteração dos pés, assimetrias ou deformações, estão diretamente ligadas com as alterações posturais, podendo influenciar no tronco ou cabeça; também explana que um apoio adequado dos pés ao chão faz com que o corpo possua uma postura adequada.
A articulação sacroilíaca transmite o peso do corpo para o quadril, recebe cargas da região lombar e absorve a energia das forças de atrito durante a marcha. O movimento da articulação sacroilíaca varia entre os indivíduos e os sexos, além de se estimar que a cada dez indivíduos do sexo masculino, três possuem a articulação sacroilíaca fundida. Cox cita ainda, que o movimento da sacroilíaca é influenciado pela gravidade, pelas forças de reação do solo e pela ação muscular.
Alterações na articulação sacroilíaca podem resultar no déficit da distribuição da pressão sobre a planta dos pés, dessa maneira é importante que as articulações talo crural e subtalar estejam funcionalmente íntegras, pois segundo Dutton, o movimento entre a tíbia e o pé é uma combinação complexa de movimento das articulações talo crural e subtalar, sendo elas importantes para a orientação dos pés no solo e responsáveis pela transferência de peso das pernas para os pés.
Na região da coluna lombar a manobra osteopática chamada “Lumbar Roll” é a mais utilizada, já na região de pé e tornozelo a osteopatia também possui uma boa atuação, sendo que entre o tálus e a tíbia é feita a manipulação da articulação talo crural.
A baropodometria consegue avaliar o Centro de Massa do Pé (CMP) que demonstra a relação do posicionamento da pelve com a distribuição de contato do pé com o solo. Este centro de massa apresenta-se no exame como um ponto na área plantar, um em cada pé, em geral porção central do médio pé. Quando esses pontos estão desalinhados em relação ao centro de gravidade sugere-se que os ilíacos estão em disfunção, porém sua análise é validada com a avaliação osteopática. A Área de Comprimento de Linha (ACL) do centro de gravidade que fornece dados sobre a variação postural em que o corpo é submetido para manter-se em equilíbrio em uma posição ortostática, posicionamento do Centro de Gravidade (CG) no corpo, determinado por um ponto entre os pés com valores dos eixos X e Y para determinar os deslocamentos ântero/posteriores ou látero/laterais e Pico de Pressão Plantar (PPP) onde é possível localizar a pressão máxima do pé com o solo .
Disfunções pélvicas podem estar ligadas a alterações plantares, visto que o corpo está interligado por uma rede miofascial e em cadeias. As cadeias ascendentes, segundo François, estão conectadas diretamente à gravidade, elas iniciam nos pés e se propagam por sistema de acomodação, sendo que o pé tem uma função muito importante em relação à coluna, pois se estiver lesado a pelve irá adaptar-se a essa nova biomecânica.
Segundo Otowicz, 65% das pessoas após manipulação sacroilíaca, apresentam mudanças na morfotipologia plantar, tanto que as mudanças na superfície de contato plantar são mais visíveis e acentuadas. Os estímulos mecânicos realizados durante a manipulação, segundo Bacarin, são direcionados pelos proprioceptores aos elementos neurais das vias aferentes no SNC (sistema nervoso central), que fará o processamento e a modulação das respostas motoras em seus centros, de forma consciente ou inconsciente, podendo desta forma reorganizar a postura corporal.
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