Você já parou para pensar de onde vieram os exercícios, como eles foram fundamentados e idealizados?
A metodologia do Treinamento e Reabilitação Funcional é levar o conceito de reorganização mecânica por meio do movimento, sendo baseada em dois pilares fundamentais para o movimento seguro. A estabilização mecânica e a mobilidade. Sabe-se que nenhum movimento é feito com qualidade se não houver basicamente esses dois pilares bem estabelecidos.
O termo estabilização, refere-se ao controle mecânico articular, onde os músculos agem como limitadores e controladores do movimento e assim previne danos a um segmento. A estabilidade de um segmento é dada, principalmente pela musculatura profunda, a qual se encontra comprometida na presença de desequilíbrio muscular, na deficiência no recrutamento muscular.
A estabilização mecânica é dividida em três partes:
estabilização passiva: feita por meio das estruturas que não proporcionam o movimento, como ligamentos, cápsulas articulares.
estabilização ativa: feita por meio dos músculos ou grupos musculares.
estabilização neural: a estabilização é feita por meio da memória ativa do movimento, onde é necessária uma capacidade reflexa de ativação neuromuscular.
Já a mobilidade, não necessariamente é embasada na flexibilidade, mas sim na mobilidade específica para cada movimento, na capacidade da articulação de se movimentar em sua total amplitude.
O MÉTODO SIM é um sistema baseado na utilização de diversas metodologias de treinamento visando a melhora da capacidade funcional, amplificando as possibilidades motoras e possibilitando assim movimentos mais inteligentes e precisos.
A AVALIAÇÃO é a base para todo o tratamento, sendo que a partir dela identificar padrões de imobilidade e padrões de instabilidade, debilidades funcionais, as quais, hoje são indicativos primários de futuras lesões.
Após uma boa avaliação o DESENVOLVIMENTO DE BASE vem de encontro para os componentes estabilizadores funcionarem em perfeitas condições. É a interação entre estabilidade e da mobilidade para aumentar a função e fornecer a base adequada para o desenvolvimento de habilidades e assim promover uma REPADRONIZAÇÃO BIOMECÂNICA.
Assim o DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES BIOMOTORAS, se inicia a especificar o movimento a cada necessidade, respaldados nas funções dos pacientes, sendo a base para um treinamento funcional.
O treinamento funcional refere-se à aquisição de habilidades e competências buscando sua eficiência, ou seja, treinamento do movimento com propósito, através de uma metodologia com o maior objetivo de deixar o corpo mais inteligente.
O treinamento possui uma base a qual precisa ser trabalhada para que se possa buscar movimentos avançados e pleitear um maior rendimento e desenvolvimento de capacidades. Outro fator que é importante a ser observado é a AMPLITUDE DE MOVIMENTO PRESERVADO, que esta na capacidade de movimentar as articulações por toda a amplitude fisiológica com segurança.
O conhecimento mais aprofundado de fisiologia, biomecânica e cinesiologia tem permitido que o treinamento do core se desenvolva a uma ferramenta de treinamento mais específica e universal, utilizada não somente com atletas, como também com entusiastas da aptidão física; estes estudiosos acordam que o core possui um papel significativo não somente em movimentos atléticos, mas também nas atividades da vida diária (HANDZEL, 2003).
O Core tem sido chamado de "cubo da roda", "zona de força" e "zona de energia". É o local onde o centro de gravidade do corpo está localizado e, mais importante, é onde todos os movimentos são iniciados. Além disso, o core é responsável pela geração de força, manutenção do equilíbrio e estabilidade e melhora da coordenação durante o movimento (HANDZEL, 2003).
A core é também um grande diferencial, sendo definido como o complexo lombo-pélvico dos quadris. É onde está localizado o centro de gravidade, e onde têm início todos os movimentos. A estabilidade do core proporciona um controle postural dinâmico, garante a eficiência neuro-muscular, gerando um equilíbrio muscular apropriado em torno do complexo dos quadris e possibilita a manutenção do trajeto normal do centro de rotação instantânea destes.
O treinamento do core é um dos pilares do treinamento funcional, podendo ser incorporado em programas de exercício. O treinamento do fortalecimento e da estabilização do core podem reduzir possíveis riscos de lesões e melhorar o desempenho de maneira geral.
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