10/04/2023 Laser e pacientes reumáticos

A artrite é uma doença inflamatória autoimune que afeta vários tecidos e órgãos, causando uma inflamação sinovial crônica, eventualmente levando à destruição das articulações, incapacidade crônica e redução da expectativa de vida como por exemplo a artrite reumatóide que afeta de 0,5 a 1% da população mundial e de frequência maior em indivíduos com faixa etária de 40 a 60 anos (Song e Lin, 2016).A prevalência da artrite reumatóide no Brasil em adultos variou de 0,2% a 1%, que corresponde a 1,3 milhões de pessoas, Costa et al (2014). A osteoartrite (OA), é também uma das doenças mais comuns das articulações , afetando quadril, joelhos, pés e mãos.

 

De acordo com o Manual MSD (2020), a causa precisa da artrite é desconhecida, porém, alguns fatores podem contribuir para uma predisposição genética, principalmente, encontrada da população branca no locus HLA-DRB1 da classe II de antígenos e fatores ambientais desconhecidos como infecções virais ou tabagismo que influenciam o processo inflamatório articular.

 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (2020) relata que os sintomas mais comuns da artrite são: dor, edema, rubor, rigidez, e fadiga. Com o passar do tempo, os indivíduos com artrite podem desenvolver deformidade nas articulações , principalmente, nas mãos e punhos. O exemplo clássico dessa deformidade é o desvio ulnar e hálux valgo.

 

Em geral , os agentes para tratar a artrite podem reduzir a inflamação , bloqueando os mediadores do sistema imunológico ou modulando o número ou propriedades funcionais das células imunológicas. Os agentes anti reumáticos modificadores da doença (DMARDS) melhoraram os sinais e sintomas da artrite e reduzem a progressão dos danos. Estes agentes podem reduzir rapidamente a inflamação sendo um elemento importante na terapia agressiva precoce e fornecendo uma base para outros DMARDS.

 

No Brasil , estima-se que metade dos indivíduos com artrite reumatóide, após dez anos, serão incapazes de ter um trabalho em tempo integral com expectativa de vida reduzida de três para dez anos, dependendo do grau de gravidade de tempo  com a doença.

 

Segundo Ailioaie,c(in lasers in medicine ,science,and praxis,2009;chapter 32,pp.467- 505), a laserterapia representa uma excelente opção, pois é eficaz e oferece vantagens econômicas sobre a terapia medicamentosa, além de ter uma resposta mais rápida e positiva ao tratamento, sem efeitos colaterais como não ser invasiva e indolor.

 

Para Pinheiro, Almeida e Soares(2017), o laser de baixa intensidade estimula a membrana plasmática e as membranas mitocondriais induzindo a célula à biomodulação . Essa técnica passou a ser chamada de laserterapia . A absorção molecular dos efeitos da luz laser recebe um elevado aumento do metabolismo celular, caracterizando um estimulação de fotorreceptores na cadeia respiratória da mitocôndria, modificação nos níveis de ATP e desbloqueio na síntese de colágeno.

 

Para Silva (2013) , o laser de baixa intensidade não deve passar da potência máxima de 100mw. A potência é fundamental para aplicação do tempo. Se um aparelho tem uma potência de 50 mW, vai demorar o dobro do tempo de um aparelho de 100mW. Um outro exemplo se aplica para um aparelho 30mW ou 10mW, se o de 30mW consome 40 segundos para aplicar 4J, o de 10mW passará dos 420 segundos. Portanto, o efeito da laserterapia só atingirá sua finalidade quando não houver alterações clínicas de temperatura sobre o efeito biológico.

 

De acordo com Ribeiro et al .,(2010), para a dosimetria de uso do laser, devem ser observados diversos fatores como: condições do tecido, idade e condição sistêmica, anamnese e diagnóstico do indivíduo. A terapia a laser de baixa intensidade, não provoca nenhum efeito mutagênico resultante do comprimento de ondas de forma visível ou infravermelho, nem causa câncer , observando os limites de doses da terapia.

 

A energia da luz absorvida pelas mitocôndrias (parte da célula que produz energia) , alimenta muitas respostas fisiológicas positivas, resultando na restauração do crescimento e função adequada das células.

 

Mediante o exposto, têm se observado os estudos científicos sobre a laserterapia de baixa intensidade na redução das dores de indivíduos com doenças inflamatórias crônicas como as artrites. O tratamento do laser faz-se relevante para o atendimento dos indivíduos com artrite, pois com efeito analgésico sobre a dor ,é provável maior engajamento dos indivíduos na resposta ao tratamento fisioterapêutico, melhorando as dores.

 

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