Na graduação a Eletrotermofototerapia, vai além das competências da simples utilização dos equipamentos. É na biofísica que temos a possibilidade de trabalhar os conceitos de física envolvidos nos mecanismos de interação destes aparelhos com tecidos vivos.
A eletrotermofototerapia consiste em uma modalidade de terapia física que utiliza a corrente elétrica (eletroterapia), o calor (termoterapia) e a luz (fototerapia), como agentes terapêuticos (Agne, 2004). Observa-se que independentemente do aparelho de eletrotermofototerapia que será utilizado, todos transformam a energia elétrica recebida em algum outro tipo de energia, o que talvez justifique o uso da palavra eletroterapia em substituição a eletrotermofototerapia.
A condutividade térmica de diferentes materiais e tecidos vivos, em especial, é o que determina, por exemplo, porque o calor produzido por ultrassom dissipa-se muito mais rapidamente pelo osso que pelo músculo. Importante também reforçar que o principal meio de dissipação de calor do corpo humano, (cerca de 60%) é por irradiação através de ondas de infravermelho e, portanto, não pode ser observado pelo olho humano.
Os fenômenos ondulatórios são importantes para a compreensão da produção do laser, e dos fenômenos da reflexão e refração do ultrassom no interior dos tecidos, assim como, a condutividade elétrica corporal e os efeitos da corrente elétrica; efeito térmico, efeito químico, efeito magnético e efeito luminoso. Especificamente, no corpo humano, os efeitos de contração muscular, analgesia e choque provocados por correntes elétricas.
Cabe aqui fazer uma pequena revisão se tiver dúvidas: O que é temperatura? O que é calor? Quais as maneiras de transferência de calor? Qual a diferença de ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas? O que é uma onda transversal? E uma onda longitudinal? Qual a relação entre período e frequência de uma onda? O que é uma corrente elétrica?
Se essas questões não são uma clareza para você, cabe uma revisada em alguns desses conceitos o que fará um diferencial na sua forma de atuação. Por isso os cursos de atualização sempre vem em bom momento para podermos aperfeiçoar nossa conduta clínica.
A energia existe sob diferentes formas: mecânica (cinética e potencial), elétrica, térmica, luminosa, sonora e química entre outras. Sempre que analisamos um sistema em que um tipo de energia diminui, certamente outro tipo aumentará. Trata-se do princípio de conservação da energia: a energia é uma grandeza que pode ser convertida ou transformada de uma forma em outra, mas nunca criada nem destruída.
No caso da Fisioterapia, em particular, temos também como válido o princípio da conservação da energia. Para exemplificar podemos citar alguns equipamentos utilizados em Eletrotermofototerapia:
Ultrassom energia elétrica → energia sonora
Infravermelho energia elétrica → energia térmica
FES energia elétrica → energia térmica
Laser energia elétrica → energia luminosa
O infravermelho por exemplo pode ocasionar:
- Eritema de rápido aparecimento, produzindo por vasodilatação cutânea em função do aumento da temperatura. A duração desse eritema pode chagar até 1 hora.
- Efeito anti-inflamatório e de cicatrização, decorrente do maior aporte de nutrientes e células de defesa.
- Aumento da sudorese.
- Relaxamento muscular pela maior irrigação sanguínea, facilitando a preparação para o exercício.
De forma geral, o aquecimento em todo o organismo produz:
- Vasodilatação superficial generalizada que pode produzir redução da pressão arterial,
- Sedação e relaxamento geral.
Os princípios onde a emissão de luz (ou fótons) pelos elétrons do átomo excitado, ao retornar ao estado fundamental, é facilmente observada em qualquer fenômeno com emissão de luz como a chama do fogo, um metal superaquecido, o filamento de uma lâmpada incandescente ou a emissão de luz em uma lâmpada fluorescente.
O que difere o laser de uma emissão normal de luz é a maneira como os elétrons emitem essa radiação. Enquanto a emissão normal ocorre de forma aleatória a todo instante e em diferentes níveis, a emissão do laser é um processo de emissão estimulada que emite fótons de forma coerente. Os fótons emitidos saem todos em uma mesma direção (são colimados), são emitidos todos juntos (são correntes) e têm a mesma frequência (uma mesma cor).
O laser, devido às suas características possui uma infinidade de aplicações principalmente na área da laserterapia (Agne, 2004). Seus efeitos são amplos e permitem inúmeras aplicações e tratamentos, pois produzem uma série de efeitos diretos e indiretos nos tecidos vivos.
Estimulação Elétrica Neuromuscular
Estimulação do músculo através do seu nervo periférico, com o objetivo de restaurar, manter ou melhorar sua capacidade funcional. Como exemplo, podemos citar a Corrente Russa.
Estimulação Elétrica Funcional
É uma forma de eletroterapia capaz de produzir contrações musculares com objetivos funcionais. É uma estimulação de músculos desprovidos de controle motor ou com insuficiência contrátil. Como exemplo podemos citar o F.E.S (functional eletrical stimulation).
Efeito analgésico
Na eletroterapia são utilizados o T.E.N.S e o Interferêncial vetorial para analgesia. A estimulação elétrica transcutânea é orientada para estimular as fibras nervosas que transmitem sinais ao cérebro e são interpretadas pelo tálamo como dor.
Depois dessa revisão, que tal se preparar já para o curso que o Instituto FISIO vai oferecer com um dos referenciais em eletrotermofototerapia do BRASIL! Curso de Atualização dos Agentes Eletrotermofototerapêuticos Aplicados à Fisioterapia