As disfunções temporomandibulares atingem a saúde humana em diversos aspectos e cenários, podendo impactar o indivíduo fisicamente, psicologicamente e até mesmo psicossocialmente. Diversos estudos apontam que essa disfunção ocasiona limitações funcionais e dores nos pacientes acometidos (LUCENA, 2004).

Assim, a disfunção temporomandibular (DTM) pode ser definida como um grupo de manifestações clínicas de disfunção na Articulação Temporomandibular (ATM), relacionadas ou não à dor, sendo alterações da integridade morfológica ou funcional do sistema temporomandibular (MORENO et al, 2009). Segundo Amantea et. al. (2004) o termo disfunção temporomandibular é utilizado no intuito de reunir um grupo de doenças que acometem os músculos mastigatórios, ATM e estruturas adjacentes.

A etiologia da DTM é multifatorial e está relacionada a fatores estruturais, neuromusculares, oclusais, psicológicos, hábitos parafuncionais como o bruxismo (ranger os dentes), anormalidades posturais, traumas ou processos degenerativos da ATM. Está entre as principais alterações degenerativas que acometem a ATM o facetamento, a erosão, a presença de osteofitos, a esclerose e o pseudocisto, que são diagnosticados por exames radiográficos 

Quanto aos sintomas apresentados pelos indivíduos diagnosticados com DTM, observa-se que os típicos incluem dor de ouvido, dor facial, cefaléia, neuralgia, zumbido, cãibras, dores musculares e articulares, restrição e desvio da trajetória do movimento mandibular, ruído articular ao abrir e fechar a boca, dor na cabeça e pescoço (GEORGE, 2007).

Cumpre destacar que anteriormente o tratamento da DTM era limitado a ortopedistas e/ou dentistas, contudo nos dias atuais, constata-se uma maior participação dos profissionais fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos na prevenção e tratamento dessa enfermidade. Nesse cenário, o tratamento por meio de equipe multidisciplinar demonstra-se altamente eficaz e eficiente (NEILA; MESQUITA, 2006).

Assim sendo, o fisioterapeuta atua com técnicas a redução da dor, dos estalos, melhora da amplitude de movimento, realinhamento articular e reequilíbrio da musculatura.

• Reprogramação neuromuscular;

• Liberação miofascial intra-oral;

• Manipulação articular;

• Acupuntura;

• Dry needling.

Além disso, a intervenção precoce da fisioterapia seja na condução da prática clínica, seja no acompanhamento pré e pós operatório do cirurgião bucomaxilofacial ou ortodontista pode significar melhores resultados e adesão ao tratamento.