25/10/2023 Desvendando os Benefícios da Osteopatia para Pacientes Neurológicos

A abordagem da osteopatia neurológica, considera a influência da facilitação espinhal, da função proprioceptiva, do sistema nervoso autônomo e da atividade dos nociceptores  sobre função  neuro-imuno-endocrinológica. É de particular importância, para esse modelo, a relação entre os sistemas somático e visceral (autônomo). Este modelo aplica abordagens terapêuticas, incluindo técnicas de manipulação de diversas estruturas (articular, muscular, neural, visceral, meninges, gânglios,...) para reduzir as tensões mecânicas, equilibrar os estímulos neurais e reduzir ou eliminar o impulso nociceptivo. É muitas vezes referido como o modelo neurológico e/ou metabólico da Osteopatia.

 

Dentre as intervenções terapêuticas complementares, a Osteopatia utiliza abordagens (estrutural, visceral e craniana) que permitem um diagnóstico mais preciso, identificando, tratando e facilitando o processo de recuperação do próprio corpo.

 

Em casos neurológicos, a avaliação osteopática permite diagnosticar e tratar as disfunções provocadas pelo AVC, por exemplo. Por meio de técnicas específicas, proporciona a organização dos estímulos neurológicos e motores adequados, visando a recuperação da força, da coordenação motora e do equilíbrio.

Além disso, a reabilitação irá proporcionar bem-estar físico e emocional ao paciente.

 

Outro fator a se considerar, é que o sistema de controle postural envolve componentes do sistema vestibular, proprioceptivo e visual, que são os grandes responsáveis pela orientação da disposição do corpo no espaço e equilíbrio. Lesões que afetam estruturas do sistema vestibular que controlam a postura resultam em quadro clínico com comprometimento no equilíbrio nas reações de endireitamento, podendo ocasionar alterações por lesão em neurônios aferentes, eferentes ou interneurônios envolvidos na produção do tônus postural.

 

A Reabilitação Vestibular (RV), segundo alguns autores é um eficiente recurso terapêutico e que pode ser usado associado ou não a medicamentos. considerada uma opção segura, econômica e extremamente eficiente, promovendo a estabilização visual durante os movimentos da cabeça, melhora a interação vestíbulo-visual durante a movimentação cefálica, amplia a estabilidade postural estática e dinâmica nas condições que produzem informações sensoriais conflitantes e diminui a sensibilidade individual à movimentação cefálica.

 

Alguns estudos buscaram comprovar a eficácia da Osteopatia no tratamento da PC. Há relatos na literatura (DUNCAN et al, 2008; WYATT et al, 2011) da melhora na função motora grossa de crianças com PC após tratamento com Osteopatia. Em outro estudo (DUNCAN et al, 2004), pais de crianças com PC, observaram melhora após 06 meses de tratamento com Osteopatia.

Na parte clínica, é possível observar algumas evoluções motoras, bem como nas crises epiléticas, porém os resultados variam de paciente para paciente. Desta forma, o acompanhamento com o osteopata deve ser contínuo.

 

Importante ressaltar que a Osteopatia complementa outros tratamentos na evolução do paciente.

Seja para condições crônicas ou recuperação pós-lesão, essa disciplina oferece uma perspectiva integrada, visando não apenas sintomas específicos, mas o bem-estar geral do indivíduo.

Aqui listamos os benefícios que podem fazer o diferencial com esses pacientes.

 

1. Restauração do Equilíbrio Estrutural:

A Osteopatia destaca-se pela compreensão da interconexão entre estrutura e função. Em pacientes neurológicos, essa abordagem visa restaurar o equilíbrio estrutural, considerando não apenas a área afetada, mas também as compensações biomecânicas que podem surgir em outras partes do corpo.

 

2. Melhoria da Circulação Sanguínea e Linfática:

Através de técnicas manuais suaves, os osteopatas trabalham para melhorar a circulação sanguínea e linfática. Isso é crucial para pacientes neurológicos, pois pode contribuir para uma melhor entrega de nutrientes e oxigênio aos tecidos afetados, promovendo um ambiente propício à recuperação.

 

3. Alívio de Tensões e Restrições Musculares:

Muitos pacientes neurológicos enfrentam desafios relacionados à rigidez muscular e tensões. A Osteopatia utiliza técnicas de liberação miofascial e manipulação suave para aliviar essas tensões, melhorando a amplitude de movimento e reduzindo a dor associada.

 

4. Estímulo ao Sistema Nervoso Autônomo:

Ao trabalhar em conjunto com o sistema nervoso autônomo, a Osteopatia busca equilibrar as respostas do corpo ao estresse, contribuindo para uma regulação mais eficiente e aliviando sintomas como ansiedade e insônia frequentemente associados a condições neurológicas e ampliando sua forma de atendimento com a integração da Osteopatia Visceral e Craniana, que pode potencializar os resultados que são almejados

 

5. Apoio na Reabilitação Pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC):

A Osteopatia desempenha um papel crucial na reabilitação pós-AVC, promovendo a mobilidade, restaurando padrões de movimento e auxiliando na prevenção de complicações musculares e articulares.

 

6. Enfoque na Qualidade de Vida:

Além dos aspectos físicos, a Osteopatia valoriza a qualidade de vida global do paciente neurológico. Isso inclui considerações emocionais e sociais, reconhecendo a importância de abordar o bem-estar do paciente em todos os aspectos.

 

À medida que a Osteopatia continua a evoluir, seu impacto positivo nos pacientes neurológicos é cada vez mais evidente. Consultar um osteopata qualificado pode ser uma decisão promissora para aqueles que buscam uma abordagem integrada e personalizada no gerenciamento de condições neurológicas.


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