13/05/2022 A importância da Terapia Manual - MAITLAND

O toque pode ser classificado em instrumental, expressivo ou afetivo, expressivo-instrumental e terapêutico. O toque instrumental é caracterizado pelo toque físico apenas para procedimentos técnicos e prestação de assistência. O toque expressivo ou afetivo é espontâneo e aplicado de maneira mais humanizada, não estando relacionado a uma atividade específica. O toque expressivo-instrumental alia o toque espontâneo ao toque cujo objetivo é realizar um procedimento técnico. Por último, o toque terapêutico é uma terapia integrativa e holística baseada na milenar técnica terapêutica de imposição das mãos que objetiva aliviar sintomas, dores, minimizar ansiedade e melhorar o processo de cicatrização, a partir da crença em uma energia universal, vital e que mantém todos os seres vivos (KRIEGER, 1979). 

 

A hoje chamada terapia manual passou a ser na atualidade um importante componente na intervenção de doenças ortopédicas e neurológicas, sendo considerada uma área de especialização da fisioterapia 

 

Entre essas técnicas, podem-se citar Cyriax (massagem friccional transversa), Mennel, Maitland, Mulligan, Kaltenborn, osteopatia, quiropraxia, liberação miofascial, técnica de liberação posicional, técnicas de mobilização neurodinâmica, exercícios com resistência manual, facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), mobilização e manipulação das articulações, etc.

Com isso em mente vamos trazer as principais características das técnicas manipulativas e aprofundar em cada uma seus princípios e conceitos. 

 

Fundamentos do conceito Maitland

A avaliação do paciente é a chave para o sucesso da aplicação da técnica de Maitland. Além disso, ouvir e prestar atenção é fundamental para obter informações decisivas para o sucesso desse tratamento, e o paciente, ainda, passará a confiar no fisioterapeuta

 

O conceito desenvolvido por Geoffrey Maitland está entre uma das opções de técnicas de terapia manual à disposição dos fisioterapeutas. Segundo Karvat, Antunes e Bertolini (2014), essa técnica está baseada na mobilização e na manipulação articular, e nela são utilizados movimentos passivos oscilatórios, rítmicos e graduados em cinco níveis que visam à recuperação da artrocinemática, ou seja, movimentos que acontecem nas superfícies articulares.

 

A ideia inicial de Maitland era avaliar e tratar as disfunções da coluna vertebral, porém, hoje em dia, todas as articulações do corpo humano podem ser mobilizadas de acordo com essa técnica, inclusive a articulação temporomandibular, que é bastante peculiar em sua anatomia e sua estrutura 

 

A intenção dessa técnica é gerar alívio dos sintomas e restabelecer a amplitude de movimento que está diminuída ou restrita. Maitland considera as amplitudes de movimento como as amplitudes disponíveis, e não como as amplitudes totais. 

 

Antes de aplicar essa técnica, é importante conhecer o ritmo, a velocidade, a posição na amplitude, a amplitude e a força da técnica que se pretende utilizar naquela articulação.

 

Do grau I ao IV são realizados movimentos do tipo oscilatório, em baixa velocidade, durante o tratamento. O grau I ocorre no início da amplitude, o grau II ocorre na amplitude intermediária, o grau III é um movimento de grande dimensão na direção do final da amplitude e o grau IV é um movimento de pequena dimensão no final da amplitude.

 

Os graus I e II são utilizados para o alívio da dor e não têm efeito mecânico direto sobre a barreira de restrição, embora elas melhorem a lubrificação articular e a circulação nos tecidos relacionados à articulação. Os graus III e IV de Maitland alongam a barreira e têm efeitos mecânicos e neurofisiológicos. 

 

Assim como as demais técnicas de mobilização e manipulação, essa técnica precisa respeitar a artrocinemática da articulação (regra do côncavo-convexo) para obter sucesso em sua aplicação. De acordo com essa regra, o fisioterapeuta deve mover o osso com superfície articular convexa em direção oposta ao sentido do movimento restrito e o osso com superfície articular côncava na mesma direção do sentido do movimento.

 

Um diferencial da técnica de Maitland é a capacidade de realizar avaliações sobre a condição clínica dos pacientes. Por meio das mobilizações e manipulações articulares realizadas pelo fisioterapeuta, respeitando a artrocinemática articular, é possível avaliar a resposta dos sintomas (local, qualidade e comportamento) a movimentos e posições articulares aplicadas (MAITLAND et al., 2007).

 

Maitland dividiu a aplicação da sua técnica em quatro etapas: avaliação do paciente (anamnese), planejamento, técnicas de tratamento e avaliação (reavaliação). 

 

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Referências

Vasconcelos, Gabriela Souza de Recursos terapêuticos manuais [recurso eletrônico] / Gabriela Souza de Vasconcelos, Noura Reda Mansour e Lucimara Ferreira Magalhães ; revisão técnica: Diego Santos Fagundes. – Porto Alegre : SAGAH, 2021.




 


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